
Ata Domingão
Rolê na DP
22/06/08
Numa típica manhã de domingo, em que nada parece muito especial, acordamos eu, Paula e JPV em Guarulhos city. Nosso objetivo em Guarulhos (meu e da Paula) era cuidar do guri – já que mamis e papis haviam o abandonado pra curtir um bailão nos pampas riograndenses do sul! Tchê. Vale a pena observar que os 3 estavam meio baqueados por causa dos agitos do dia anterior – teve festa na facu do Celo regada a cerva o dia inteiro e à noite fomos no arraiá de um velho amigo de infância (o Leandro) brincar de escravos de Jó e encher a cara c/ um vinho pra lá de kveira. Nossa! Rs
JPV acordou e logo foi pra locadora. Paula e eu decidimos, então, ligar para nossa sumida ginasta Ale a fim de matarmos a saudade da bonita. Eu peguei meu carro e o destino de nosso domingo começou a se desenhar diante de nossos olhos. Normalmente, eu teria de subir a rua da casa de mamis pra me dirigir à casa da Ale e do Negão, mas algo me fez descer (na verdade, a preguiça de manobrar o carro numa rua movimentada no domingo pós cachaça). Mal viramos na esquina da rua materna e fomos surpreendidas por uma imensa confusão.
Foi tudo muito rápido e não deu pra entender muito bem. O que vimos foi uma aglomeração de pessoas se agredindo verbal e fisicamente e, pra nossa surpresa, uma Eco Sport vermelha envolvida na confusão veio violentamente pra cima de nosso carro. Foi questão de segundos. Íamos entrar na rua da bagunça (é a rua detrás da casa de mamis, pra quem conhece). Como eu vi o que estava acontecendo, dei ré no carro pra desviar daquilo tudo. Não consegui sair pq havia outro carro atrás do meu. Nesse momento, tive de parar no comecinho da esquina e fiquei estática sem poder fazer muita coisa. O que mais chamou nossa atenção foi que o cara da Eco viu que estávamos paradas, olhou em meus olhos e simplesmente acelerou o carro em nossa direção como quem diz: “sai do meu caminho”. Nisso ele arrastou o homem que estava tentando agredi-lo pelo lado de fora da janela e depois fugiu. Foi uma cena deplorável.
A pancada foi violenta e empurrou nosso carro pra trás. Comentário da Paula: “Ma, acabou com o carro!!!!”. Detalhe é que se eu não tivesse dado aquela ré a Eco ia pegar em cheio no lado da Paulinha. Nesse momento, eu olhei pro rosto da minha amiga e agradeci por nada pior ter acontecido. Pq eu jamais me perdoaria se algo tivesse acontecido c/ ela. O mais estranho é que esse não é o caminho comum pra irmos pro Negão. E eu tinha conhecimento disso. Parece que tinha de acontecer. Quando eu olhei ao redor, vi que havia crianças do outro lado da rua. E entendemos que estávamos ali pra ser o anjo de alguém.
Depois disso, ficamos envoltas por uma multidão de curiosos. Cada um falava uma coisa. Daí descobrimos que se tratava de uma rixa de família (questão conjugal). Eu e Paula, sem saber muito o que fazer, ficamos ali dentro do carro e ligamos pro Marcelo. Uns minutos depois o guri chega. Ele comentou com a gente que uma senhora c/ duas crianças entrou desesperada na locadora dizendo que quase foi atropelada por um doido. Na seqüência dela, um vizinho apareceu dizendo que eu havia sido envolvida no acidente e que se não fosse pelo meu carro... bem, estamos falando de duas crianças pequenas e de uma Eco Sport desgovernada. : (
Bom, o Marcelo ficou ali do nosso lado ligando pra polícia (eu e Paula ainda estávamos estáticas dentro do carro) quando o maluco voltou. Ele mal conseguiu baixar o vidro do carro pra falar comigo (queria, segundo ele, se desculpar e dizer que ia arcar c/ meu prejuízo) quando novamente foi agredido por algumas pessoas e saiu em disparada.
Nisso sua ex-cunhada, grávida e complemente retardada, chega de moto com o marido e resolve se meter na confusão. Ela diz que o doido da Eco a derrubou da moto a puxando pelos cabelos. Fato é que não faz muito sentido um cara dentro de uma Eco Sport em disparada conseguir puxar o cabelo de uma mulher numa moto tb em movimento. Parece-nos mais lógico que o energúmeno do marido dela perdeu o controle da moto e os dois caíram ali. Pra nossa surpresa (mais uma!) uma galera que estava perto da briga armou outra confusão (tb familiar) e foi o caos total. Parecia um filme!
Nisso, a polícia chegou. Eu e Paula já estávamos fora do carro e eu estava gritando p/ tirar o Marcelo do meio da rua. Sim, pq não podíamos prever quando o maluco resolveria voltar. A polícia foi atrás dele, mas voltou sem sucesso. Conversamos e: “vai todo mundo pra DP!”. TODO MUNDO pra delegacia.
No caminho, o Marcelo lança a música-tema do rolê: “Vai todo mundo pra DP. Vacilou tá enquadrado. É que o bicho ta pegando. Tá ficando embaçado!”.
2º DP de Bagulhos! Do lado da casa dos Nardoni/Jatobá. Quando descemos do carro, não pudemos conter os risos. Daí começou a ficar engraçado o “rolê”. Chegamos na DP mais ou menos 13hs. Eu tava me sentindo uma marionete no meio daquela gente. Ora vinha o “povo” da ex- mulher dizendo que o cara é violento, ora vinha a “tchurma” do cara tentando influenciar o meu depoimento e chorando as pitangas por causa de um teste de DNA que provou que o bofe é corno (um dos 3 filhos do casal, in fact, não era dele! Kkk).
Eu, Celo e Paula estávamos nos sentindo sozinhos e resolvemos pedir reforços pra nossa gangue tb: chamamos o Bruno, a Renata e o Negão. Tb ligamos pro Dri, mas esse não pode comparecer pq passou o dia todo lembrando dos resquícios da farra anterior. Kkk. Nosso Homem-Codorna, Xicko, tb foi convocado, mas tava fazendo não sei o que não sei aonde sei lá com quem – só sabemos que tinha muito barulho pq não dava pra entender nada.
Daí, eu, Paulinha, JPV, Negão, Renata e Bruno decidimos fazer daquela uma tarde mais animada. Marcelo diz: “Bora armar o boteco na delegacia!” U-huuu. Tinha ali um vaso grande com uma planta e por pouco o JPV não o transformou numa mesa de carteado. Eu e Paula brincamos de pontinhos e, junto com a Renata, estávamos idealizando a pauta para o próximo livro que vou editar: As aventuras da galera em Bagulhos – a terra onde TUDO acontece!. Sem falar na série Se meu carro falasse, volume I Tchê-Móvel (o carro da Paula) e volume II Bruxa-Móvel (my car). Kkk
Vimos o jogo Itália vs Espanha. Comemos lanche do Mc Donalds na delegacia (um policial bem-humorado disse p/ os meninos que a placa dizia não ser permitido fumar logo: podíamos comer. Kkk). Lá pelas tantas, questionei a galera se podíamos quiçá até beber... mas ninguém teve coragem de chegar a esse ponto.
Ok, não tivemos coragem de beber, mas: fizemos nossa PVT na frente da delegacia!!! Acreditem se quiserem. A galera, começando a ficar entediada dentro da DP, resolveu sair e armar uma rave no carro do Bruno estacionado na porta da DP em frente a uma casa onde se lia numa placa: “DEUS É FIEL!” Pelo menos Deus, né. Pq a ex-mullher do cara. Tsc, tsc. Comentário da Ma p/ Paulinha: “O povo vai achar que somos loucos”. Resposta da Paula: “É bom pra não se meterem mais conosco!”. Kkk
O pessoal não entendeu nada. E logo o dono da casa apareceu. Pra? Reclamar do som? Que nada! Ele veio reclamar do lixo do Mc Donalds que estava ali num cantinho no poste em frente ao portão dele. “Foram vocês?” Resposta da Re: “Claro que NÃO!” Daí o tiozinho entrou p/ casa e ficou tudo bem. Kkk. Momento cultural: lembrei do Alienista! Grande Machado de Assis! Se a gente parar pra analisar não sobra um são nessa cidade. My GOD! Kkk
Preocupado com a casa (pq saímos todos correndo e nem verificamos se estava tudo nos “conformes”), Marcelo pede uma carona pro Bruno, nos deixa sob a responsabilidade do Negão (que, diga-se de passagem, mal conseguia falar de tão rouco) e os dois se ausentam por uma horinha. Tempo suficiente para os brothers averiguarem que estava tudo ok, jogarem Playstation e prepararem chimarrão pra galera! PS: Tati, lembrei de vc no momento chima!!! Ohhhh...
Quase 7 horas e 3 flagrantes depois, chega MEU advogado Leandro pra botar ordem no barraco e me tirar daquela confusão. Antes de entrar na delegacia, ele deu uma olhada no meu carro e agradeceu por estarmos sóbrios. Ma, indignada: “E ae, Lê? Achou que a gente tava tudo embriagado mesmo?” Resposta do amigo/advogado: “Pára, Ma. Eu conheço MUITO BEM os meus amigos!” Nisso, ele ligou pra mamis dele: “Mãe, estão todos bem. Adivinha quem foi? A doida da Marcia! Kkk”. Puxa vida! : ( Hahaha
Podemos ser malucos, mas eu era a pessoa melhor representada ali no rolê da DP pq eu tinha na minha gangue: 1 jornalista, 1 engenheiro de 1,90, 1 advogado, 1 árbitro da FPF, uma estudante tentando parar de fumar e até um prayboy-patrão! Kkk
Já dentro da delegacia, o Lê conversou com o delegado (que queria pq queria que eu prestasse depoimento) e explicou que eu não tinha nada com aquela situação familiar ridícula e caricata. Mesmo assim, o “cara” não entendeu e tivemos de esperar uma “autoridade” de verdade (o outro delegado de plantão) pra nos livrar daquele circo. Situação, viu! Tsc, tsc. Aliás, Paula e Bruno (que presenciaram o delegado mostrando quem manda) ficaram fãs dele!
Por fim, rumamos todos pra casa da mamis pra comer pizza. Fizemos chá de limão pro Negão, tomamos chimarrão, conversamos, os brothers jogaram Playstation e ficou tudo numa boa. Ah, pra retribuir o fato de eu ter salvado sua vida, a Paula abriu uma garrafa de refri pra mim! Kkk. Rolê mais que insano...
MOMENTO LOSER: Negão esquentando Coca-Cola no microondas! Kkk
LOVE U, guys!
; )
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